A intercultura, por assim dizer, refere-se a um campo complexo de relacionamentos, onde interagem múltiplos sujeitos, de perspectivas variadas e diversos contextos (sociais, históricos, geográficos etc.). A interculturalidade, sob o foco da educação, ou seja, a Educação Intercultural permite que possamos respeitar todas as sociedades e indivíduos. Não existirá, nessa ótica, uma relação unidirecional. Não teremos o melhor e o pior, somente o outro - que será, geralmente, diferente.
A interculturalidade engloba pontos e campos de reflexão que ultrapassam os problemas simples de imigrantes, tais como as dificuldades de adaptação a outros idiomas. Existe, na verdade, a integração de temáticas ligadas à construção da própria identidade, à valorização das diferenças e à configuração de sociedades complexas. (FLEURI 2010, a,b,c).
O enfoque intercultural possibilita que uma coletividade elabore uma visão mais ampla, interativa, dos relacionamentos diários. Existe a quebra do “bairrismo” ou da criação de grupos fechados, o que possibilita uma sabedoria mais abrangente e evoluções de pensamentos.
(Extrato da TESE de Giovani Pasini - Antropofagia Intercultural)